terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Apenas me olho e me vejo.

Sinto que existe algo de certo no mundo. Uma verdade que medie todos nós. Algo inquestionável para todas as pessoas e que venha por fim a esta contradição que existe no mundo. Mas será mesmo? Será que há a possibilidade de se viver em paz num mundo repleto de pessoas diferentes, e, acima de tudo, com interesses diferentes, muitas vezes egoístas?

Pensava antes que devia ser algo semelhante ao respeito pelos outros. O mandamento bíblico de considerar cada um superior a si mesmo e fazer só aquilo que gostaríamos que fizessem a nós. Ainda acredito nisso. Que hoje recebe um nome certo: auteridade. Se colocar no lugar do outro.

Mas se vivemos num tempo em que o eu é mais importante que qualquer outra coisa! Minhas opiniões, desejos, pensamentos, felicidade. Estes diretos meus valem muito e custam um preço muito alto. O preço da paz. Para se obter é necessário pagar o preço que nos faria viver em paz. Sacrifiquem a paz para satisfazer o desejo do eu. Um desejo efêmero, passageiro, mas ainda assim válido. Importa que sejamos felizes, mesmo ao custo da infelicidade dos outros, da miséria do outro.

O pior é que me olho e me vejo colocando meus desejos acima de tudo. Eu não sou diferente. Quando desejava tanto ser!

Apenas me olho e me vejo.

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