segunda-feira, 23 de março de 2009

Serenidade

Serenidade.

Palavra interessante. Ando buscando por ela na minha vida. Por me sentir em paz. Mas percebo que eu sou o agente na minha infelicidade. Muitas vezes. Não o outro. Não posso delegar ao outro este privilégio só meu.

Como alcançar a certeza de que fazendo o bem que quero ou o mal que não quero essa ação é minha? E se foi feita, se faz parte de um passado, mesmo sem querer lembrar, devo aceitar e seguir em frente com os frutos da ação. Não serve a angústia. Angústia que Nietzsche colocou como ligada ao homem. Não quero-a.

Antes saber que existem um grupo de fatos, sentimentos, valores e pessoas que não posso mudar. Eu não posso mudar. E se assim é, porque não me dar a oportunidade de entregar? A oportunidade de me sentir serena?

Ficam para mim uma gama de coisas, fatos, relações que posso mudar. Que minha intervenção pode sim ser benéfica. Que o tijolo levado a construção irá levantar um mundo melhor. A essas coisas toda a minha não-serenidade. Todo o meu empenho em fazer. Toda minha boa vontade. Não ao que está fora do meu alcançe. Isso entrego a Deus.

3 comentários:

  1. "Mas percebo que eu sou o agente na minha infelicidade. Muitas vezes. Não o outro. Não posso delegar ao outro este privilégio só meu."

    BINGO!

    (Você diz que eu escrevo bem, mas você escreve muito melhor).

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  2. Isso aqui tá meio abandonado, né?

    Tô até vendo teias de aranha :P

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